Exportações de Sorocaba aumentam 35,6% no primeiro trimestre de 2023
As exportações de Sorocaba tiveram aumento de 35,6% no primeiro trimestre de 2023 (janeiro/fevereiro/março) na comparação com o mesmo período de 2022. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações das empresas instaladas na cidade passaram de US$ 422,4 milhões (R$ 2,1 bilhões) para US$ 572,7 (R$ 2,9 bilhões) no período analisado. Já em relação aos três primeiros meses do ano, março teve o melhor resultado (US$ 229,8 milhões) do que fevereiro (US$ 183,1 milhões) e janeiro (US$ 159,7 milhões).
Os números positivos da cidade nas exportações no ano passado também colocam a cidade em destaque. Segundo levantamento do próprio MDIC, sobre os maiores municípios exportadores do Brasil, pelo desempenho em 2022, Sorocaba foi a 9ª cidade que mais exportou no Estado de São Paulo no período e ficou na 28ª posição no Brasil no ano passado
Já segundo levantamento do Ciesp, a região de Sorocaba também apresentou aumento nas exportações de 15,2% no primeiro trimestre de 2023 na comparação com igual período do ano passado. O resultado colocou a região na 7ª posição no ranking estadual de exportações, à frente, até mesmo, de outras regiões paulistas de porte semelhante ou maior, como as de Ribeirão Preto (US$ 712,6 milhões), Guarulhos (US$ 677,6 milhões), Jundiaí (US$ 609,4 milhões), Bauru (US$ 516,9 milhões), Santo André (US$ 242,6 milhões) e São Caetano do Sul (US$ 205,1 milhões).
Sorocaba é destaque nas exportações em março
Conforme os dados do MDIC, o resultado positivo de março é o melhor desde agosto de 2022 quando as exportações sorocabanas foram US$ 229,8 milhões. O valor foi o melhor resultado mensal do ano passado.
Em 2022, no total, as exportações somaram US$ 2,1 bilhões ou R$ 11,1 bilhões na conversão para o Real, com o valor da moeda americana (EUA) custando R$ 5,08 nesta segunda-feira (10).
Já no primeiro trimestre do ano passado, o valor alcançado foi de US$ 422,4 milhões, sendo: US$ 121,5 milhões em janeiro, US$ 137,1 em fevereiro e US$ 163,7 em março. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, os valores mensais deste ano superaram os apresentados em janeiro, fevereiro e março de 2022, como mostram os números acima.
Para o diretor titular do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, a cidade vem apresentado resultado positivo nas exportações nos últimos anos e batendo recordes mês a mês. “O desempenho das exportações sorocabanas é resultado de um trabalho que começou há vários anos e, apesar da pandemia da Covid-19, da guerra na Ucrânia, e das incertezas por conta das últimas eleições, Sorocaba segue tendo sucesso nas exportações”, destaca.
De acordo com Erly, os principais motivos do aumento das exportações da cidade são: abertura de novas empresas e ambiente favorável, economia diversificada com empresas de vários segmentos, ambiente empresarial favorável e mão-de-obra qualificada. “Todos estes aspectos, além de outros, tornam o ambiente para as exportações favoráveis tanto que Sorocaba é uma das poucas cidades do Brasil que possui um porto seco”, destaca.
Vendas nos shoppings sobem 3% em fevereiro ante mesmo mês de 2022
As vendas nos shoppings tiveram uma alta de 3% em fevereiro deste ano, quando comparadas com o mesmo mês de 2022, mostra levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Dados do Monitoramento de Mercado Abrasce - Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce) mostram que, do ponto de vista geral, o maior crescimento foi registrado no Sul, com um aumento de 4,9%, seguido pelo Sudeste (3,2%), Nordeste (2,6%), Centro-Oeste (2%) e Norte (-1,3%).
Inadimplência atinge 70 milhões, diz Serasa
Em fevereiro, o Brasil atingiu a marca de 70,5 milhões de inadimplentes. Foram 433 mil novos registros de pessoas negativadas no País no mês, de acordo com números do Serasa.
O cartão de crédito continua sendo o segmento com o maior número de brasileiros inadimplentes (31,6% das dívidas), seguido pelas contas básicas (21,7%) e pelo setor de varejo (11,2%). Na comparação com fevereiro de 2022, as contas com bancos e cartões contabilizaram aumento de 3,0%, enquanto os débitos com contas básicas e no varejo caíram 1,5% e 1,3%, respectivamente.
"A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhado de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU e reajuste das mensalidades”, afirma o economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi. “As pessoas ainda utilizam o cartão de crédito, por exemplo, para fazer compras básicas, como alimentação e remédios, por isso, a relação com o parcelamento também deve ser pautada com base na organização financeira, para que não se torne mais uma dívida”, argumenta o economista.
O valor de todas as dívidas somadas em fevereiro é de R$ 326,0 bilhões, 24% maior do que o valor do mesmo período do ano passado (R$ 263,0 bilhões). O valor médio da dívida é de R$ 4.631,78, também segundo o Serasa.
CNC
Outro levantamento, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indica que a proporção de famílias inadimplentes no País registrou melhora em março pelo quarto mês consecutivo. Já a população endividada, ou seja, com pagamentos ainda por vencer, permaneceu estável no mês passado, mas o comprometimento de renda é o menor desde o pré-pandemia.
A fatia de pessoas com contas em atraso desceu de 29,8% em fevereiro para 29,4% em março, uma queda de 0,4 ponto porcentual
Produção de veículos sobe 20% em 12 meses
A produção de veículos subiu 20% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2022, chegando a 221,8 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado ontem pela Anfavea, a associação das montadoras, e mostra que, frente a fevereiro, um mês mais curto, a produção avançou 37,3%.
Após os resultados frustrantes do início do ano, algumas montadoras começaram a segurar a produção no mês passado para evitar excesso de estoques em meio ao impacto dos juros mais altos na demanda. Apesar disso, o volume se manteve superior ao do ano passado, quando a maior irregularidade no fornecimento de componentes eletrônicos limitou a produção do setor.
No primeiro trimestre, 536 mil veículos foram fabricados no Brasil, com alta de 8% em relação ao número apurado nos três primeiros meses do ano passado. As vendas, de 199 mil veículos no mês passado, subiram 35,5% na comparação com março de 2022, mês de maior limitação de oferta em função da falta de componentes eletrônicos.
O balanço da Anfavea mostra ainda alta de 14,8% das exportações, no comparativo de março com igual mês do ano passado. Os embarques, de 44,7 mil veículos no mês passado, subiram 29,3% contra fevereiro, permitindo leve aumento de 3,9% no acumulado do trimestre, quando 112,2 mil veículos foram exportados.
A direção da Anfavea abriu a apresentação dos resultados de março manifestando preocupação com o desempenho abaixo das expectativas. Em entrevista coletiva, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse respeitar o trabalho feito pelo Banco Central para estabilizar a inflação, porém frisou que, sem condições melhores de crédito, o mercado não vai reagir.